quinta-feira, 3 de maio de 2012


O texto de Êxodo 14.11-16 nos apresenta três personagens, cada um com uma postura diferente diante de uma grande dificuldade. Dificuldade para dois deles, porque um dos personagens é Deus. Há também o personagem Moisés. Mas, comecemos pelo outro:
O Povo – Depois de ver os milagres de Deus realizado as pragas sobre o Egito através de Moisés, o povo, agora, perseguido pelos inimigos, se apavora. E, desesperados, clamam a Moisés. Moisés era seu líder, mas em última análise, a nossa salvação está no Senhor. O líder pode falhar, mas Deus nunca falha! Veja o que o povo disse a Moisés: “Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito? Não é isso que te dissemos no Egito: deixa-nos, para que sirvamos aos egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto.” (vv. 11,12) A fala do povo mostrava uma confiança inicial em Moisés, mas com resistência. Eles sabiam que ele era enviado por Deus, mas queriam continuar no Egito. Quanto a confiar em Deus naquela situação complicada, nem pensar! Eles não cogitavam isso.

Para o povo, o que iria acontecer de imediato era serem alcançados e trucidados pelos egípcios. E os que sobrassem, voltariam como escravos ao seu antigo senhor.

Não é este o propósito de Deus com aqueles que Ele liberta. Ele quer que sejamos livres e jamais pensemos em voltar a servir ao velho e mau senhor. Ele nos chama para a liberdade. Após passar no Mar Vermelho tem o deserto, mas passado o Jordão aí está Canaã!
Moisés – A resposta de Moisés para o povo foi otimista: “Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos fará; porque os egípcios que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O Senhor pelejará por vós e vós vos calareis” (vv. 13,14) Essa é a atitude de um líder de verdade que quer ver o seu povo vitorioso. O povo não deve temer. O povo deve se aquietar. Os inimigos serão vencidos. Deus vai lhes dar a vitória.
A atitude de Moisés demonstra a fé inabalável que ele tinha no Senhor. Ele sabia que, depois de tantas vitórias no Egito, depois das dez pragas que arrasaram o país, depois de ter vencido Faraó, depois de o povo ter espoliado os seus inimigos, o Senhor não os abandonaria no momento da maior crise. Ele só não sabia como. Mas Deus não falharia. Não. Deus nunca falha e não seria dessa vez.
E Moisés, como um homem de Deus, é claro, foi orar. Não é o que um pastor faria diante de tal situação? Não foi o que Elias fez depois da grande vitória sobre os profetas de Baal? Não foi o que Daniel fez antes de ser jogado na cova dos leões? Que coisa há melhor do que orar a Deus em ocasiões de calamidade? Tiago chega a dizer: “Está alguém sofrendo? Faça oração” (Tg 5.13a).
Mas nem todo tempo, é tempo de orar. Há tempo de orar e há tempo de agir. A Bíblia não declara que Moisés foi orar. Mas, o que Deus disse a seguir o prova:
DEUS falou a Moisés: “Por que clamas a mim? Dize a povo de Israel que marchem. E tu, levanta o teu bordão, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco” (vv. 15,16).
Moisés era um homem que vivia em comunhão com Deus. Mas, naquele momento, diante da dificuldade do povo, ele não sabia como agir. Então, resolveu prostrar-se diante do Senhor e clamar. Deus ouviu sua oração, mas mandou que parasse de orar e lhe deu duas ordens: 1) o povo devia marchar; 2) Moisés devia fazer o mar se dividir para que povo passasse. E Ele mesmo, Deus, tomaria as providências a respeito de Faraó e seu exército.

Ao recordar esse texto, lembremos que não devemos nunca murmurar. A caminhada pode ser difícil, mas se foi ordenada por Deus, Ele cuidará de nos guiar. Se for necessário orar, oremos. E sempre é preciso orar. A oração é importante e precisamos orar mais. Mas há ocasiões que devemos agir. Orar e agir. É nisso que deve consistir nossa vida cristã. Quanto ao mais, Deus cuida de nós, como diz a Palavra: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e o mais Ele fará”.


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O Trono de Deus


O TRONO DE DEUS – APOCALIPSE 4

A verdadeira adoração é, umas das maiores necessidades da vida da igreja. Adorar é atribuir valor (Ap 4.11; 5.12), é usar tudo o que somos e temos para louvar a Deus por tudo o que Ele é e faz. Uma das definições mais brilhantes que já li sobre adoração é de William Temple:

"Adoração é a submissão de todo nosso ser a Deus. É tomar consciência de sua santidade; é o sustento da mente com sua verdade; é a purificação da imaginação por sua beleza; é a abertura do coração a seu amor; é a rendição da vontade a seus propósitos"

Uma vez que o céu é um lugar de adoração e o povo de Deus o adorará por toda eternidade, deveríamos começar aqui na terra. O texto de Ap 4 certamente nos ajudará a entender melhor como adorar a Deus e dar a glória que lhe é devida.
ADORAM AO CRIADOR

Uma das palavras chaves deste capítulo é trono: é usada doze vezes neste capítulo. Aliás, trata-se de uma palavra chave no Apocalipse, em que aparece quarenta e  cinco vezes. O trono é um lugar de honra, autoridade e julgamento. Todos os tronos da terra estão sob a jurisdição desse trono no céu. Aquele que criou todas as coisas, está no controle de tudo e levará a história para uma consumação final, onde Ele e sua amada noiva sairão vitoriosos. O trono de Deus é o verdadeiro centro do universo. Que bom saber que o trono que João viu, não está na terra, mas sim no céu! William Hendriksen, ilustre comentarista bíblico afirma:  “O universo na Bíblia não é geocêntrico, nem heliocêntrico, mas teocêntrico".
Assentado no trono - O Deus Todo-Poderoso (vv. 2, 3a)

Para uma igreja perseguida, torturada, martirizada esta é uma mensagem consoladora: saber, que o seu Deus está no trono (Is 6.1; Sl 99.1)  A referência é a Deus o Pai, pois o Filho aproxima-se do trono em Ap 5.6, e o Espírito é retratado diante do trono em Ap 4.5.  Notemos que aqui, não há descrição do trono, nem da pessoa que está assentada nele. Por que? Porque Deus é indescritível, nenhuma palavra no mundo, pode descrever quem Deus é. Nenhum lexicógrafo conseguiria expressar quem Deus é. O que João viu quando olhou para o trono só pode ser descrito em termos de brilho, e pedras preciosas. João diz que Ele é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe (a mais cristalina, a mais pura, sem nenhuma mancha). É o nosso diamante. Há uma abundância de luz que emana dessa pedra.  E de sardônio (cor vermelha, a mais translúcida que existe). João vê beleza, riqueza, abundância de luz. Deus é luz e Ele habita em luz inacessível (I Tm 6.16). A pedra de jaspe (branca) descreve a santidade de Deus e o sardônio (vermelho) o seu juízo. Tal é Deus, santo e justo!
Circundando o trono - um arco celeste (vs 3b)

O arco celeste aqui não é apenas um arco, mas um círculo completo, pois no céu todas as coisas são completas. Nunca use a expressão " arco-íris", como vejo alguns falando. Irís é uma divindade do Egito. Deus não divide a glória Dele com ninguém.  O arco celeste lembra a aliança de Deus com Noé (Gn 9.11-17), simbolizando sua promessa de jamais destruir a Terra com um dilúvio. Mais adiante, Deus firmou sua aliança não apenas com Noé, mas com toda a criação.

Normalmente o arco celeste aparece depois de uma grande tempestade, mas aqui, ele aparece antes dela. O que a Bíblia quer nos ensinar com isto? Porque a graça de Deus sempre antecede o julgamento. Foi o que  o profeta Habacuque clamou:
" [....] na tua ira lembra-te da misericórdia" (Hc 3.2). Para os filhos de Deus a tempestade já passou, porque Cristo deu a si mesmo para nos resgatar do dilúvio do juízo.
Ao redor do trono - os anciãos e seres viventes (vv. 3,4,6,7)

O arco celeste circundava o trono em plano vertical, enquanto aqui os seres viventes o circundam em um plano horizontal. João vê que ao redor do trono, há também, vinte e quatro  tronos. Esses tronos estão ao redor e não no centro. Deus está no alto e sublime trono.

João vê assentados neles, vinte e quatro anciãos. Assentado fala de uma posição de autoridade e poder. A igreja tem a honra não apenas de ser salva, mas também de reinar no céu e ser assistente de Deus no Seu julgamento (Mt 19.27-28; I Co 6.2). Fomos constituídos reis e sacerdotes (Ap 1.6). Os sacerdotes estavam divididos em 24 turnos (I Cr 24.7-18). Aqui somos divididos em igrejas, denominações. Mas no céu seremos uma só igreja: os que foram lavados pelo sangue do Cordeiro. Agora você deve estar perguntando: Quem são os 24 anciãos assentados em tronos?  Os 24 anciãos representam o povo fiel de Deus, a "igreja do Velho e Novo Testamento" - a igreja dos patriarcas e apóstolos, a totalidade da igreja de Deus na história. Eles estão vestidos de roupas brancas [justificação] e usando coroas de ouro [glorificação]. Portanto, aqui é uma visão não do que é, mas do que há de ser, ou seja, a igreja plena, como será na glória, adorando e louvando a Deus diante do trono, nos céus.
Também ao redor do trono, João viu quatro "seres viventes". São semelhantes aos querubins da visão do profeta Ezequiel (Ez 1.4-14; 10.20-22), mas seu louvor (Ap 4.8) traz à memória os serafins de Isaías 6.  Warren Wiersbe, profícuo comentarista lança luz sobre estes seres: “Os rostos dos seres viventes são paralelos à declaração de Deus em Gn 9.10 - O Senhor firmou sua aliança com Noé (“ rosto como de homem”), com as aves (" semelhante à águia"), os animais domésticos ( "semelhante ao novilho") e os animais selváticos ( "semelhante a leão"). Outros estudiosos como Arthur Bloomfield pensa que eles ilustram o retrato quádruplo de Cristo nos evangelhos. Mateus é o evangelho do Rei ( o leão). Marcos enfatiza o Senhor como servo em seu ministério ( o novilho). Lucas apresenta Cristo como o Filho do homem, repleto de compaixão. João magnífica a divindade de Cristo, o Filho de Deus ( a águia).

Por fim, o nome que essas criaturas proferem - "Senhor Deus, o Todo Poderoso" - enfatiza o poder de Deus.  Estes quatros seres viventes proclamam sem cessar a santidade, a onipotência, e a eternidade de Deus (Ap 4.8)
 
Saindo do trono - sinais de tempestade (v. 5a)

"Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões". São sinais da aproximação de uma tempestade e lembranças do poder tremendo de Deus (Ex 9.23, 28 ; 19.16). Esses “sinais de tempestade se repetirão durante o julgamento, sempre vindos do trono e do templo de Deus (Ap 8.5; 11.19; 16.18). Sem dúvida, Deus já preparou seu trono para o julgamento (Sl 9.7; 77.18)”.

O mundo não gosta de pensar em Deus como um Deus de julgamento. As pessoas preferem ver o arco celeste ao redor do trono e ignorar os relâmpagos e trovões. Sem dúvida, ele é um Deus cheio de graça, mas sua graça reina pela justiça (Rm 5.21). Essa realidade ficou clara na cruz, onde Deus manifestou seu amor pelos pecadores quanto sua ira contra o pecado.
Diante do trono - as tochas de fogo e o mar de vidro (vv. 5b, 6)

As sete tochas dão idéia de plenitude e simbolizam o Espírito Santo de Deus (Ap 1.4, Ez 1.13). O céu não tem um templo no sentido material. O céu como um todo é santuário de Deus para os que servem diante de seu trono santo (Ap 7.15). O mar de cristal puro simboliza a santidade de Deus, contrastando com Is 57.20
 

Louvores ao que está assentado no trono - (vv 9-11)

Sempre que os seres viventes glorificam a Deus, os anciãos prostram-se diante do trono para adorar o Senhor. O livro de Apocalipse é repleto de hinos de louvor (Ap 4.8-11; 5.9-13; 7.12-17; 11.15-18).

O tema deste hino é Deus, o Criador, enquanto em Apocalipse 5 os anciãos louvam a Deus, o Redentor. Apocalipse 4 é dedicado ao Pai no trono, enquanto Apocalipse 5 é dirigido ao Filho (o Cordeiro) diante do trono. O louvor de encerramento (Ap 5.13) é voltado para ambos, outra prova irrefutável da divindade de Jesus Cristo.

A criação dá testemunho constante do poder, da sabedoria e glória de Deus (Sl 19). Reconhecer o Criador é o primeiro passo para crer no Redentor (At 14.8-18; 17.22-31). Tudo foi criado por meio Dele e para Ele. Ele é antes de todas as coisas (Cl 1.16,17).

Infelizmente o ser humano pecaminoso adora e serve a criatura em vez do Criador, praticando, desse modo a idolatria (Rm 1.25). O homem lançou a criação no pecado, de modo que a criação boa de Deus (Gn 1.31) hoje é uma criação que geme (Rm 8.22); mas, por causa da cruz, um dia ela será liberta e se tornará a uma criação gloriosa (Ap 8.18-24). Amém!

Caro leitor [a] se você foi edificado com este texto, poste seus comentários. Terei a grata satisfação de recebê-los.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Pregadores sem Agenda

Para Pregadores sem Agenda


E prosseguiu Aimaás, filho de Zadoque, e disse a Joabe: Seja o que for deixa-me também correr após Cusi. E disse Joabe: Para que agora correrias tu, meu filho, pois não tens mensagem convenienteSeja o que for, disse Aimaás, correrei. E Joabe lhe disse: Corre. E Aimaás correu pelo caminho da planície, e passou a Cusi. (II Sam. 18:22e23)

            Escrevi dias desses sobre a “Ingnorância” dos “Intinerantes”, e hoje volto a tocar nesse assunto tão polêmico, mas necessário hoje em dia, especialmente em ver o “calvário” que “pretensos” pregadores enfrentam para se projetarem no cenário evangélico.

Ao meditar na história de Aimaás, filho do sacerdote Zadoque, observamos isto. Um moço tentando abrir caminho a força, sem ter uma mensagem adequada para o momento, para entregar diante do rei Davi, que mais do que notícias da guerra, queria saber sobre seu filho Absalão.

Aimaás entendia de velocidade, era um bom maratonista, tanto que venceu a Cusi, o mensageiro verdadeiro na corrida, mas não entregou o que o rei queria e precisa ouvir naquela ocasião, e foi colocado de lado por Davi (II Sam.18:30). Esse é o fiel retrato hoje de muitos pregadores que reclamam de estarem encostados em suas igrejas, mas, será que eles tem uma mensagem conveniente?

Dias desses, convidei um pregador para pregar em nosso Culto do Amigo (uma reunião com um caráter mais evangelístico), e ele tentou de todas as formas promover um “avivamento”, com gritos, espancamento no púlpito, e mais línguas estranhas que línguas portuguesas. No final, não tivemos nenhuma conversão. Infelizmente, ele se tornou mais um Aimáas, que ficará encostado, pois preferirei o mensageiro Cusi da próxima vez.

Aimáas é um bom velocista, mas um péssimo mensageiro. Isso significa ter um bom marketing. E o pior, é que era filho do sacerdote Zadoque. Não dá para compreender como um homem criado à sombra do templo, conhecedor dos rituais e dogmas mosaicos, não tinha uma mensagem conveniente.

Há hoje muitas pessoas, que por serem filhos de fulano, ou neto do beltrano, acham que o acesso ao púlpito será facilitado, mas a pergunta continua: Tem eles uma mensagem conveniente para esse momento? Ou simplesmente vivem a sobra do sacerdote A ou B? Podem até num primeiro momento superarem o simples mensageiro Cusi, mas, por causa de suas mensagens inconvenientes, serão deixados de lado.

Meu amado leitor, não busque o púlpito ou o público a qualquer preço, sem ter uma mensagem. Se prepare. Ore. Leia a Bíblia. Medite nela.  Deus sempre dará um púlpito e um público a quem tem uma mensagem. Se você estiver sem púlpito e sem público (agenda), é por que está sem mensagem, ou não tem uma “mensagem conveniente” para entregar, ou sem um preparo suficiente para ser ouvido por alguém.

Que Deus te abençõe em Cristo!
Pr. Josias Almeida
01/10/2011

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Entremos Ousadamente no Santos dos Santos



Do que precisa o pecador? Ele precisa ser perdoado e purificado da culpa por seus pecados. Mas o perdão requer um sacrifício que seja capaz de satisfazer as exigências da justiça. A lei de Moisés não podia prover um sacrifício como esse. Sob aquela lei, o sangue dos animais era oferecido a Deus, mas o autor de Hebreus observa que tal sangue “não podia tirar meus pecados” (10:4,11). A repetição constante desses sacrifícios era uma lembrança contínua de que não eram adequados à remissão de pecados (10:1-3). Contudo, esses sacrifícios de animais eram “sombras” do sacrifício perfeito que seria oferecido por Jesus (10:1).
Deus não se alegrava com os sacrifícios oferecidos sob a lei de Moisés, no sentido em que eles eram inadequados para pagar a pena pelos pecados cometidos. Jesus, contudo, veio a este mundo e foi totalmente obediente ao Pai (10:9). Como resultado, ele foi capaz de oferecer a si mesmo, isto é, uma vida imaculada pelo pecado, como um sacrifício perfeito. Diferente dos sacrifícios do Velho Testamento, Jesus ofereceu a si mesmo uma única vez, porque seu sacrifício garantia a remissão dos pecados (10:10-12,14,18).
Sob a lei de Moisés, somente ao sumo sacerdote era permitido entrar na parte do tabernáculo conhecida como o Santo dos Santos, e ele tinha que ser cerimonialmente purificado antes que pudesse entrar na presença de Deus ali. O sacrifício de Jesus tornou possível para nós nos aproximarmos de Deus, e finalmente entrar ousadamente no próprio céu, purificados pelo sangue de Jesus Cristo de todos os nossos pecados (10:19-22; veja 9:24-26).
É importante que nos encorajemos uns aos outros para permanecermos firmes em nossa esperança de entrar na presença de Deus no céu. O Senhor deseja que os cristãos se reúnam regularmente de modo a encorajar uns aos outros ao amor e às boas obras. O escritor de Hebreus observa que alguns cristãos tinham parado de se reunir com os outros santos (10:23-25).
Se nós, que fomos santificados pelo sangue de Jesus através de nossa obediência ao evangelho, mais tarde rejeitarmos seu sacrifício e retornarmos ao mundo ou mesmo à lei de Moisés, o que mais ficará como sacrifício pelo pecado? Absolutamente nada! Quando os israelitas rejeitavam a lei de Moisés, o castigo era certo (10:28). O que fará Deus com aqueles que rejeitam o sacrifício perfeito de Jesus, seu Filho unigênito? O castigo será ainda mais certo e horrível (10:26-31).
Temos que permanecer fiéis até o fim, apesar da perseguição e tribulação. Os cristãos que receberam primeiro esta epístola tinham sofrido no passado; o escritor inspirado encoraja-os a não desistir para que possam receber a promessa (10:32-36). Mais uma vez ele afirma não somente que é possível afastar-se de Cristo, mas também que essa pessoa será perdida (10:39).

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

SEJA FEITA A SUA VONTADE, SERÁ MESMO?

"Seja feita a tua vontade..." (Mateus 6:10)


Esta última petição da primeira parte da oração modelo é, sem dúvida, a mais difícil para se colocar em prática. Quando alguém se converte e experimenta uma transformação radical, ele está pronto a perguntar de todo o coração: "Senhor, que queres que eu faça? Desejo ardentemente que a tua vontade seja feita na minha vida." Com o passar dos anos e as experiências vividas na arena desta vida, ele descobre que é difícil submeter-se inteiramente à vontade de Deus. Às vezes, é a vontade dos outros que determina as suas ações; outras vezes, é a vontade do Maligno que exerce uma grande influência nas suas escolhas, e, ainda, pode ser a própria vontade, que luta contra a vontade de Deus para o controle de sua vida.

Jesus vai dizer mais tarde que não basta dizer: Senhor, Senhor, para entrar no reino dos céus; é preciso fazer a vontade do seu Pai (Mateus 7:21). Pensemos nas três palavras que são proferidas sempre por cristãos e não cristãos: "Se Deus quiser!" Cada vez que empregamos a conjunção "se",
estamos fazendo uma afirmação condicional. Quer dizer, se a primeira cláusula se efetuar, a segunda logicamente acontecerá. Quando dissermos: "Se Deus quiser, farei isto ou aquilo", estaremos prometendo que, se não formos impedidos pela mão da providência, cumpriremos com a nossa palavra. Por exemplo, se, ao sermos convidados para assistir a um trabalho no morro, falarmos: "Se Deus quiser, estarei lá", estaremos lá mesmo, a não ser que providêncialmente sejamos impedidos. O não comparecimento de um cristão que tenha falado dessa maneira poderá levar alguém a pensar que Deus não quis a presença do irmão no culto. Cuidemos com o uso desta expressão de modo leviano!

A vontade de Deus se vê nas mínimas coisas como nas grandes. Quem procurar fazer a sua vontade em todas as áreas da vida, terá maior facilidade em conhecer e executar a vontade de Deus nas grandes decisões que tiver de tomar.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Avivamento


A vida cristã é marcada por uma trajetória de espinhos...Se você imagina que caminhar com Cristo não resulta em muitas vezes perdas e renúncias, é hora de repensar a sua caminhada. Muitos sãos os gospel mas poucos são discípulos dos quais andam conscientes de que "nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal. " (2 Cor. 4.11).
Por isso continuo crendo e afirmando que aqueles que querem desfrutar de um avivamento contínuo, duradouro, eficaz terão que sofrer muitas coisas por causa do bom nome de CRISTO. "Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus." (At 5.41)
 
Lembre-se Avivamento não é o escapismo do Cristão ante aos dilemas da vida. O verdadeiro Avivamento está na plena certeza de que em meio as dores e sofrimentos o aperfeiçoamento e fortaleza em Deus nos revigora na caminhada.